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2º Seminário - DESILHA - 2018

“O fim não me interessa, mas o caminho percorrido, a criação em suas diferentes formas e manifestações, o invisível que nos transforma.”

Lygia Pape

Tomando como mote a frase de Lygia Pape, a segunda edição do seminário DESILHA, propõe quatro palavras-chave como diretrizes-norte para a configuração das discussões do seminário. Elas nos convidam à exploração de um amplo espectro de possibilidades de interlocução entre si, apontando mais para transversalidades do que para delimitações conceituais.

 

arqueologias conectam-se à ideia de paisagem, tomada como o mais interdisciplinar dos objetos concretos, mutável e circunstancial, segundo a abordagem de Milton Santos, que a considera como “conjunto de formas que, num dado momento, exprimem as heranças que representam as sucessivas relações localizadas entre homem e natureza”. Nesse sentido, interessam olhares capazes de revirar as camadas históricas que constituem nosso presente, transformando nossa percepção do ambiente que nos cerca.

 

margens investigam bordas que separam fronteiras entre o conhecido e o desconhecido, o visível e o invisível, o explorado e o inexplorado, onde ‘pontos fora da curva’ escapam à normatividade com seus códigos imediatamente reconhecíveis pertencentes à categorizações específicas e/ou modelos repetíveis e apontam para desvios questionando o campo da arte e suas institucionalizações.

 

arquiteturas remetem a tessituras coletivas, ainda que instáveis e provisórias, resultantes de alianças e condições por vezes inesperadas. Implicam ver e pensar mundos em sua diversidade de invenções possíveis, incluindo a ressignificação de espaços e de seus usos e o aprendizado por observação, experimentação e admiração. Informam modos de vida e resistência.

 

imantações interrogam os afetos que nos movem em direção a pessoas e lugares, deslocando-nos dos circuitos de hábito - majoritariamente  definidos por condições econômicas e sócio-culturais - provocando atravessamentos em direção a observações e devires transformadores. Que éticas e que estéticas estão implicadas nestes movimentos nem sempre livres de tensões? O que se produz nesses encontros e desencontros enquanto formas e políticas?

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