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1º Seminário - DESILHA - 2016
Pesquisas em Arte e Cidade

Observamos transformações radicais ocorrendo na paisagem do campus universitário da ilha do Fundão. Apesar do nome, o campus não se erige sobre uma única ilha, mas sobre superfície aterrada  fundindo oito pequenas ilhas na Baía de Guanabara,  próximas à ilha do Governador e ao Complexo  de Favelas da Maré.

 

Arriscamos dizer que a utopia modernista assume a forma de ilha: Brasília  e  Ilha do Fundão ressoam nos próprios nomes seu parentesco com o duplo imaginário de criação a partir do zero e de separação. Embora já em acelerado processo de descaracterização e ruína do projeto original, a persistência de um imaginário de ilha no histórico da implantação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, desde os primeiros planos para  a  cidade universitária  idealizada por Le Corbusier e Lucio Costa, nos leva a desejar atualizar suas reverberações, tanto do ponto de vista poético quanto conceitual por meio de um projeto interdisciplinar, que inclui a realização de ações artísticas.

A isto chamamos Desilha: investigar a natureza insular da criação artística, mas chamá-la ao debate coletivo ao colocá-la em situação, provocando relações com o mundo, em estado de fricção com um entorno urbano complexo. Trata-se de compreender diferentes implicações em jogo naquele espaço específico e ocupá-lo como lugar de produção de diferença, sem esquecer que ilhas (e desilhas) não se circunscrevem a lugares determinados, mas retomam e exploram certas condições de pensamento para melhor deslocá-las em seus movimentos de imaginação e ação.

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