top of page
banner seminário4.jpg
00:00 / 00:45
peças gráficas site.jpg
desilha2021-c.jpg

EXERCÍCIOS DE PAISAGEM é um convite à prospecção especulativa em tempos que solicitam impulsos de reconfiguração nos modos de pensar e agir no mundo. Se a ideia de paisagem, enquanto construção sociocultural, implica um olhar modulado pela prerrogativa antropocêntrica, como produzir outras inflexões? Como fazê-lo variar por meio de atravessamentos não-hegemônicos? A partir de pontos de vista multidisciplinares, o 3º Seminário de pesquisas em arte e cidade_Desilha convida artistas e pesquisadoras a compartilhar exercícios de paisagem, entendendo-os como atos de imaginação política e insurgência poética. 

 

Em Paisagem com animais e filmes, Juliana Fausto e Ismar Tirelli Neto investigam agenciamentos entre espécies animais observados a partir de um poema de Adília Lopes e de filmes-catástrofe dos anos 70. 

 

Paisagem-maternagem dedica-se a debater as rupturas nascidas com as maternidades e suas implicações nas práticas de vida de três mulheres-mães-artistas-pesquisadoras-etc: Luiza Baldan, Cecília Cavalieri e Mayra Redin. 

 

Em Corpoterritório, Äline Besourö, Denilson Baniwa, Micaela Cyrino e Sandra Benites relacionam os percursos no espaço público aos territórios dos corpos racializados em tempos pandêmicos. 

 

Paisagens minerais escava histórias de pedras: nas práticas de Mabe Bethônico, Claudia M. Plenz, Flora Dias, Bárbara Marcel e Tom Nóbrega residem exercícios de tornar visíveis as camadas subterrâneas que compõem o presente. 

 

Os encontros acontecem ao vivo entre os dias 20 de maio e 10 de junho, às quintas-feiras, a partir das 17h30. Serão transmitidos pelo canal do youtube DESILHA_ATOTALIDADE.

peças gráficas site3.jpg

20 DE MAIO  17h30-19h30

PAISAGEM COM ANIMAIS E FILMES

Apresentação e mediação Livia Flores

 

O que é contar uma paisagem do ponto de vista de um animal? A observação de seus modos de coexistência à sombra da ideia de humanidade faz aparecer uma extensa rede de afetos sociopolíticos. Estes operam mundos concretos, configuram paisagens e podem se manifestar num poema de Adília Lopes ou em filmes-catástrofe dos anos 70. Neste encontro, Juliana Fausto e Ismar Tirelli Neto partem de diferentes registros discursivos e imagéticos que aludem a agenciamentos entre espécies, considerando suas implicações políticas e estéticas.

Uma pomba pode visitar o lixo – voar com asas ferais 

Juliana Fausto

O título remonta ao poema de Adília Lopes, Louvor do lixo. Uma das primeiras espécies co-domesticadas, os pombos (Columba livia) acompanharam as transformações antrópicas das paisagens. De úteis provedores de fertilizantes e fonte de comida, de companheiros a mensageiros, de alvos vivos para tiros a belos ornamentos citadinos, a partir da revolução verde e sobretudo desde meados dos anos 1960, esses pássaros perderam todo o seu status, vivendo hoje dos restos da sociedade de consumo. Ferais, sem habitat natural, sobreviventes na cidade contemporânea, que os considera seus inimigos imundos, os pombos são testemunhas privilegiadas do Antropoceno, contra o qual resistem prodigiosamente. A proposta da comunicação é experimentar um voo por meio de suas asas, feitas do lixo que ingerem e que, no entanto, os impulsionam em uma fantástica ascensão, sempre de volta ao lar perdido.

De olho favado

Ismar Tirelli Neto

Uma digressão sobre a deriva 'natural' do cinema-catástrofe dos anos 1970.
 

27 DE MAIO  17h30-19h30

 

PAISAGEM-MATERNAGEM

Apresentação e mediação Michelle Farias Sommer

 

O encontro debate as rupturas nascidas com as maternidades e suas implicações nas práticas de vida de três mulheres-mães-artistas-pesquisadoras-etc (não necessariamente nessa ordem) e além. Entre um antes e um depois - da maternidade (sempre em construção), da pandemia (em um presente contínuo) - especula-se sobre outras formas possíveis de escrita e fazer arte que emergem junto com a criação de vidas. Esse encontro é um convite movido por orientações afetivas e feministas para pensar outras (e talvez novas) formas de existência e resistência na arte indissociável da vida.

 

Corpo Sororo

Luiza Baldan

Corpo Sororo é um texto-coro que nasce de conversas registradas em áudio com mulheres-artistas-mães. Para o seminário, foi composta uma peça sonora com trechos lidos livremente por algumas delas.

Poéticas do leite, políticas do céu

Cecília Cavalieri 

Poéticas do leite, políticas do céu é um passeio cosmogônico que começa num sonho e termina em outro. Entre esses dois pontos, um ensaio pensado-com mamíferes discute questões micro e macrocósmicas de gênero, nutrição e cuidado.

Anotações entre uma e outro

Mayra Martins Redin

Entre uma língua que já existia e uma prestes a começar a se construir, entre dois corpos em relação, confundidos à princípio, um deles que começa a se desfazer e outro que pretende se unificar: que lugar é este? De que ruídos é composto? O quê pode vir daí em matéria de escrita e imagem?

3 DE JUNHO  17h30-19h30

CORPOTERRITÓRIO

Apresentação e mediação Diambe da Silva

 

No encontro com as quatro artistas, curadoras e ativistas debateremos percursos no espaço público - vedados em tempos de pandemia - e o território do corpo racializado, nos variados panoramas trazidos pelas participantes. Apagamentos, devastações e possibilidades de cura que vivemos hoje ou que antecedem a pandemia serão abordados a partir da pergunta que nos guia: como a perspectiva da paisagem impacta sua produção?

Trevo Estudante Edson Luís
Äline Besourö

Gente-Floresta, Corpo e Memória Ancestral

Denilson Baniwa

Imaginar o envelhecer e outros passos

Micaela Cyrino

Corpo em movimento: corpo que dança e texto em movimentos
constantes

Sandra Benites

10 DE JUNHO  16h30-19h30

PAISAGENS MINERAIS 

Apresentação e mediação André Leal

 

As pedras são elementos inertes produzidos nas profundezas da crosta terrestre, produto do tempo profundo da geologia. Ao emergirem, são transformadas pela ação humana e convertidas nos materiais que são a base de nossa sociedade. Como acessar as histórias que se depositam nas camadas minerais sobre as quais caminhamos cotidianamente? Como narrar as histórias inscritas nas pedras, em determinados sítios, nos caminhos que traçamos? Esses são alguns dos temas e questões que nortearão as apresentações que de diferentes maneiras reviram e deslocam essas paisagens minerais.

16h30-17h30

Stonestatements editions - edições minerais

Mabe Bethônico

 

Pedras são vistas como inanimadas ou sem vida; estáticas, apesar de potencialmente energéticas; permanentes e disponíveis infindavelmente; duráveis por muito tempo ou eternas; complexas e belas, mas especialmente consideradas úteis, economicamente interessantes e viáveis. Símbolos de fertilidade e riqueza, ligadas ao poder assim como à pobreza, ao desenvolvimento humano e à miséria, pedras são tidas de modo geral como elementos de extração e uso. Dispersas como poeira, fragmentadas como rocha, unidas, solidificadas, pressionadas, compactadas e sobrepostas como relevo ou estratos, cavadas, escavadas, ou empilhadas: em múltiplas combinações minerais, definições, químicas, aspectos, propriedades, atributos.

 

17h30-19h30

O espetáculo do tempo: a arqueologia do movimento

Claudia R. Plens

Essa apresentação tem por intuito tratar de questões relacionadas ao tempo, espaços, movimento de pessoas, confecção de cultura material que culminaram em ideias transformadoras que possibilitaram à humanidade se recriar sob os auspícios da comunicação, do conhecimento e das artes. A arqueologia, por meio de suas investigações do passado, vem redescobrindo fatos e dados que identificam como a humanidade tem sido capaz de se desenvolver a partir da cooperação entre as pessoas e de políticas e normas para os direitos de todos, inclusive dos mais vulneráveis. A humanidade vem se reinventando a partir da liberdade de seus movimentos e expressões culturais.

 

Olha só, eles não conseguem controlar as nuvens. O céu daqui é muito bonito.

Flora Dias

 

Em território indígena ancestral funciona o Aeroporto Internacional de Guarulhos. A vocação de entroncamento deste solo data de mais de mil anos, porque é importante encruzilhada de caminhos milenares e, hoje, nó de linhas aéreas para quase toda superfície da terra. Ali disputam bairros populosos, galpões industriais, áreas rurais, ocupações, matas, rios e árvores. Estes últimos, testemunhas do processo de desterritorialização e da tentativa de apagamento da memória. No entanto, a realidade não é apenas um resultado da concretude da vida cotidiana. Camadas de uma paisagem às vezes permanecem aparentemente quietas, outras vezes, se movem como placas tectônicas que colidem, expondo as feridas. Pelos perenes ramais de Guarulhos circulam existências de infinitos tempos, e o invisível assombra o concreto.

 

Conversa sobre o projeto artístico "Blue Canary, Golden Tone" (Canário Azul e Tom de Ouro)

Barbara Marcel e Tom Nóbrega

“Blue Canary, Golden Tone” (Canário Azul, Tom de Ouro) é uma vídeo-instalação sobre pássaros canários, a domesticação de minas e a desnaturalização da natureza. O projeto vem de uma pesquisa sobre a paisagem histórica e cultural das montanhas do Harz, na Alemanha, onde muitas das tecnologias de extração de solo mineral foram desenvolvidas e depois exportadas para diversas partes do planeta. De forma ensaística, o vídeo reflete sobre as interseções do passado, presente e futuro desta paisagem antropogênica, através da história particular da domesticação, reprodução e comércio de pássaros canários na região. Em um conjunto de vídeos feitos de mãos e máquinas, prata e serinetes, colinas contaminadas de metais pesados e árvores de pinheiros caídos, passeios turísticos e entrevistas íntimas, a paisagem icônica do Harz alemão revela gradualmente suas muitas camadas híbridas, dando lugar a um campo aberto de voos sônicos potencialmente transformadores.

MINIBIOS

 

ÄLINE BESOURÖ é printmaker e artista no Rio de Janeiro. Suas criações surgem influenciadas por mitologias pessoais, lembranças da infância e adolescência, tempo escolar, histórias e saberes latino americanos, africanos, yoga e demais espaços que atravessam-na racial e emocionalmente. Formada em história da arte e com mestrado em processos contemporâneos pela Uerj, sua pesquisa acadêmica investiga lugares de memória do período da ditadura militar brasileira a partir da sua vida e do seu percurso na cidade. É criadora da marca de roupas Aline Besouro. 

 

ANDRÉ LEAL é Arquiteto e Urbanista pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e Mestre em Linguagens Visuais pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas-Artes da UFRJ, onde também é doutorando pela mesma linha. Suas pesquisas relacionam arte contemporânea com o espaço urbano. É também curador e crítico independente, publicando regularmente em revistas acadêmicas e de circulação geral, tendo organizado exposições no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Campinas e em Lisboa. É cogestor do espaço independente em artes visuais tipografia219 na região portuária do Rio de Janeiro.

 

BARBARA MARCEL (1985, Rio de Janeiro) é uma artista visual e realizadora de filmes interessada nas raízes culturais da natureza, nas encruzilhadas epistemológicas entre Brasil e Alemanha, e nas diversas colonialidades que até hoje atravessam de forma extrativista o território da América Latina. Marcel é graduada em Cinema no Rio de Janeiro (Unesa), mestra pelo Instituto de Arte em Contexto da Universität der Künste Berlin (UdK) e atualmente é doutoranda na Bauhaus-Universität Weimar como bolsista de pesquisa da Fundação Heinrich Böll. Seus trabalhos já foram exibidos na Berlinisches Galerie; ZKM - Centro de Arte e Mídia, Karlsruhe; Galeria Metropolitana, Santiago de Chile; nGbK, Berlim; Savvy Contemporary Berlin; Espacio Pla, Buenos Aires; Tieranatomisches Theater, Humboldt University Berlin; Haus der Kulturen der Welt, Berlim; CeNak - Museu Zoológico de Hamburgo; Bienal de Atenas e Galerie für Zeitgenössische Kunst, Leipzig, entre outros. Desde 2009, vive entre o Rio de Janeiro e Berlim.

 

CECÍLIA CAVALIERI é artista visual e pesquisadora, cosmotransfeminista, antihumanista e mãe suficientemente boa. Mestra em Artes Visuais [PPGArtes / UERJ] e doutoranda em em Linguagens Visuais [PPGAV / UFRJ] com estágio doutoral no laboratório de Sociologia e Filosofia Política da Université Paris-Nanterre. A prática contrafilosófica e especulativa é ponto de partida para vídeos, esculturas, textos, instalações e dispositivos contracoloniais de discurso que relacionam arte, natureza, economia/ecologia, maternidade e animalidade. Sua pesquisa recente propõe exercícios inter/multiespecíficos de especulação e de fabulação cosmopoética com outras fêmeas e com espíritos de animais extintos em diálogo crítico com os processos de subalternização desses e de outros corpos no Faloceno, como a série em torno da coisa leite-língua no território espelhado da Via Lactea.

 

CLAUDIA R. PLENS é arqueóloga, professora do Departamento de História, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), e do Programa de Pós-Graduação em História da UNIFESP, Coordenadora do Laboratório de Estudos Arqueológicos (LEA/ UNIFESP), membro fundadora do Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF / UNIFESP). Coordenadora do Curso de Especialização em Antropologia Forense e Direitos Humanos UNIFESP. Publicou os livros "A Arqueologia da São Paulo oitocentista: Paranapiacaba”, (Annablume/FAPESP, 2016) e “Objetos, Paisagens e patrimônio: Arqueologia do colonialismo e as pessoas de Guarulhos” (Annablume/FAPESP, 2017). Responsável pelos Grupos de Pesquisa CNPq: Núcleo de Estudo e Pesquisa em Arqueologia e Antropologia Forense (NEPAAF) e Territórios e Direitos Humanos (TDH).

 

DENILSON BANIWA, 37 anos, nasceu em Mariuá, no Rio Negro, Amazonas. Sua trajetória como artista inicia-se a partir das referências culturais de seu povo já na infância. Na juventude, o artista inicia a sua trajetória na luta pelos direitos dos povos indígenas e transita pelo universo não-indígena apreendendo referenciais que fortaleceriam o palco dessa resistência. Denilson Baniwa é um artista antropófago, pois apropria-se de linguagens ocidentais para descolonizá-las em sua obra. O artista em sua trajetória contemporânea consolida-se como referência, rompendo paradigmas e abrindo caminhos ao protagonismo dos indígenas no território nacional.

DIAMBE DA SILVA (1993, RJ) é artista, escritora e ativista social. Desenvolve prática artística posicionada no campo da coreografia e da escultura, em trabalhos que agrupam gravura, costura, movimento, mobilização, arquitetura, texto, pintura e comida. Esses trabalhos intencionam re-contar histórias que foram mal contadas, posto que assim a vida se torna mais possível para seu próprio corpo que é constituído de matéria coletiva, preta e dissidente. Formou-se em Comunicação Social na ECO-UFRJ, desenvolve pesquisa de mestrado em Artes da Cena pela UFRJ e passou por diversos ambientes de formação em artes.

FLORA DIAS é artista, cineasta, diretora de fotografia e pesquisadora, que articula reflexões sobre ancestralidade, história e memória, dos corpos, territórios e da própria imagem. Em seus trabalhos provoca expectativas de representação com evocação e presença na cena. Conjuga saberes da formação em cinema e imagem (UFF/Rio de Janeiro e École Louis Lumière/Paris), da extensa pesquisa sobre/junto povos originários, e saberes do campo das artes desde seu ingresso no mestrado em Linguagens Visuais da EBA/UFRJ. Como cineasta assina o longa-metragem “O Sol nos Meus Olhos”, desenvolvido no Bafici Talent Campus 2012, e com estreia no Festival de Cinema de Mar del Plata 2013. Os curtas: “Ocidente”, estréia no 27º Festival Kinoforum 2016, “Miragem” na 22º Mostra de Tiradentes 2019, e “Pytang” em plataformas digitais em 2020. Com seu segundo projeto de longa ficção “O Estranho” participa de vários laboratórios e ganha os prêmios de co-produção do Fundo Holandês Hubert Bals e do Fundo Suíço Visions Sudest. Hoje, prepara a realização do filme e também finaliza o documentário Ghoststories.

 

ISMAR TIRELLI NETO é poeta, ficcionista, tradutor e roteirista cinematográfico. Seu último livro de poemas, Os Postais Catastróficos, foi semifinalista do Prêmio Jabuti (2019). Atualmente vive em São Paulo e integra o coletivo de poesia Anáguas.

 

JULIANA FAUSTO é filósofa e atualmente desenvolve pesquisa de Pós-Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFPR com Bolsa PNPD/CAPES. É autora de A cosmopolítica dos animais (n-1 edições, 2020). 

 

LIVIA FLORES é artista plástica e professora da UFRJ. Atua nos programas de pós-graduação em Artes da Cena (PPGAC-ECO-UFRJ) e em Artes Visuais (PPGAV-EBA-UFRJ). Coordena o projeto de pesquisa em arte e cidade Desilha e participa do coletivo de poesia Anáguas.

 

LUIZA BALDAN (Rio de Janeiro, 1980) é artista visual, professora e mãe, não necessariamente nesta ordem. É doutora e mestra em Linguagens Visuais pela UFRJ, e bacharel em Artes Visuais pela FIU, EUA. Desde 2000, trabalha com exercícios de observação em residências temporárias ou em projetos de longa duração. Algumas das exposições individuais que realizou: "Estofo", Galeria Anita Schwartz (Rio, 2017); "Perabé", Finalista Prêmio Pipa (MAM Rio, 2016) e Centro Cultural São Paulo (SP, 2015); "Build Up", MdM Gallery, (Paris, 2014); "Índice", MAM (RJ, 2013). Algumas coletivas: 17. Mostra Internazionale di Architettura, Participazioni Nazionali (Brasile), La Bienalle di Venezia (2021); BF20 - Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira, Portugal (2021); “Casa Carioca”, MAR (Rio, 2020); “Mulheres na Coleção MAR”, MAR (Rio, 2018); "Cruzamentos: Contemporary Art in Brazil", The Wexner Center for the Arts (Columbus, EUA, 2014); "Lugar Nenhum", Instituto Moreira Salles (RJ, 2013). Alguns prêmios: Viva Arte! (SMC RJ, 2015); XI Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da Funarte (2010). Desenvolveu o projeto “Monumentalidade como Coletividade” para a publicação "O MASP de Lina: 50 anos do edifício na Avenida Paulista" (2018) e participou do Clube de Colecionadores de Fotografia do MAM-SP (2016). Publicou os livros "Derivadores" (com Jonas Arrabal) em 2016 e "São Casas" em 2012. Atualmente vive entre Berlim e Rio de Janeiro. www.luizabaldan.com

 

MABE BETHÔNICO (Belo Horizonte, 1966) trabalha em diálogo com arquivos, bibliotecas, museus, usando mídias variadas como impressões, publicações, pôsteres, sites e palestras. Ela lida com limites entre material histórico e invenção, evidenciando como a informação pode ser construída e continuamente retrabalhada. Seus projetos se baseiam em pesquisas e podem se estender ao longo de vários anos. As produções derivam em publicações, exposições e conferências e podem ser incorporadas ou construídas em arquivos flexíveis, por vezes constituindo coleções. Ela exibe regularmente no Brasil e na Europa e é uma figura proeminente na cena artística brasileira, tendo ganho vários prêmios e sido apoiada por agências de pesquisa e museus. Junto com o grupo internacional de artistas e teóricos World of Matter, constituído em 2010, suas pesquisas focaram em temas relativos à mudança climática e economias extrativistas. Uma das principais referências em seus trabalhos é a história da mineração em Minas Gerais. Os projetos narram as transformações culturais, econômicas e políticas causadas pelas atividades extrativistas, usando tanto documentos quanto documentação em campo, focando na destruição e na vida de trabalhadores ao redor das minas. Ela já trabalhou com conteúdos de coleções como Eisenbibliothek em Schlatt e o Museu de Etnografia de Geneva, o Imperial College em Londres e com materiais de arquivos brasileiros como fotografias do setor de Mineração do Ministério do Trabalho e Emprego. Os trabalhos são frequentemente acompanhados de apresentações com projeção de imagens, rearticulando fatos históricos e narrando os processos de pesquisa em si.

 

MAYRA MARTINS REDIN atua na intersecção entre a arte, a escrita e a clínica psicanalítica. Doutora em Artes, atua na clínica e como professora. Participa de exposições e residências artísticas desde 2004. Publicou o livro Poema de começo de construção (Quelônio, 2018) e Histórias de observatório (Confraria do Vento, 2013), além de ensaios e artigos em torno das temáticas da palavra, da imagem e da escuta. Integra o grupo-oficina Artesania dos Dias que trabalha a partir de coleta de sonhos e colagens coletivas.

 

MICAELA CYRINO é graduada em Artes Visuais. Micaela traz em seus trabalhos artísticos o corpo negro feminino e seus atravessamentos. Atua como consultora no Projeto "Awon Obirin - cuidando de quem cuida", a partir do fomento da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo e educadora no Instituto Criar de TV e Cinema. Em 2015 participou da Sicaliptica-Residência artística “Cuerpo positivo” Quito-Equador, onde criou a performance Cura/. Em 2010  representou o Brasil em nome da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/Aids na XVIII Conferência Mundial de Aids Viena-Áustria e  realizou consultoria no Consenso de guia para médicos no tratamento de crianças, -Conferência Regional de Aids Lima-Peru. Em 2009 foi palestrante no TEDx Vila Madá- Juventude e HIV/Aids e participou como palestrante na Conferência Mundial de Juventude Guanajato-México Adolescente e jovens vivendo com HIV/Aids. Foi parte do Intercâmbio Brasil/Jamaica Onu Mulheres- Mapeamento e intercâmbio de experiências entre adolescentes e jovens vivendo com HIV/Aids. Em 2008, fundou a Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo Com HIV/Aids.

 

MICHELLE FARIAS SOMMER (Getúlio Vargas / RS, 1978) é escritora, pesquisadora e mãe de Livy. É pós-doutoranda em Linguagens Visuais na EBA / PPGAV / UFRJ (2017 - até o presente) com bolsa CAPES / PNPD. É doutora em História, Teoria e Crítica de Arte pelo PPGAV / UFRGS (2016) com estágio doutoral junto à University of the Arts London / Central Saint Martins (2015) e mestra em Planejamento Urbano e Regional pelo PROPUR / UFRGS (2005). É arquiteta e urbanista pela PUCRS (2002). É autora e organizadora de diversos livros e contribui regularmente como crítica de arte para publicações nacionais e internacionais e projetos de artes visuais em formatos diversos. 


TOM NÓBREGA (1984)  é  artista  e  seu  trabalho  se  desenrola  na  zona  fronteiriça  entre  a  literatura  e  as artes  visuais.  Explorando possibilidades híbridas entre ação, vídeo, som e texto, busca escutar as vozes dissonantes que emergem das zonas de fricção entre corpo e linguagem, biologia e cultura, voz e identidade, em busca de buracos negros históricos e literários, atos falhos de leitura e escrita e situações de colapso linguístico. Bacharel em Filosofia pela Universidade de São Paulo, realizou residências artísticas em espaços como Delfina Foundation, Londres, Reino Unido; Museum of History of the Polish Jews, em Varsóvia, Polônia e Izolyatsia, Donetsk, Ucrânia. Desde 2012 não tem morada fixa, e atualmente termina de editar o livro de poemas fio de náilon/vara curta.

bottom of page